A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos Guias, Mentores e Protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

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sexta-feira, 21 de junho de 2013

O Castigo dos Orixás


Muitos terreiros umbandistas costumam trabalhar com o medo do médium, muito se fala sobre o castigo que você terá se abandonar a casa, outros nomes são por demais utilizados como peia, cobrança, castigo, porrete, sacudida e mais uma série de conotações que simbolizam a fúria do Orixá perante o filho.

Para começo de assunto, isso é um culto ao antropomorfismo, isso é cultuado desde tempos remotos, o fenômeno antropomorfista se dá ao fato de atrelar sentimentos, qualidades terrenas a Deuses, como ocorria com os Deuses do Olimpo ou até mesmo com os Deuses do Egito, onde era obrigatória a oferenda para os mesmos para que eles não punissem o povo com a fome, com a seca, entre outros meios que poderiam prejudicar a ascensão do Povo egípcio.

Bom, o antropomorfismo é cultuado até os dias de hoje.

Um tema muito polêmico entre o panteão umbandista é a “quizila” entre Ogum e Xangô, de acordo com a mitologia, a lenda umbandista, Xangô roubou as mulheres de Ogum.

Muitas das lendas são crendices populares e vale salientar que sua veracidade é questionável, há também o fato das lendas terem sido criadas para explanar de uma forma mais inteligível, o poder dos Orixás, sua ligação com o meio, como ocorria em alguns teatros no Antigo Egito, que era para instruir de uma forma mais didática o poder dos Deuses e outras características. É claro, que dentro disso, os Grandes Sacerdotes de Mistérios sabiam que essa fúria dos Deuses, nada mais era que um meio didático de instruir certas características energéticas ao povo, é muito mais fácil ilustrarmos uma idéia de um modo mais compreensível a nós terrícolas através de teatros e formas que podemos conceber, a explicar de forma Cósmica a pessoas que ainda estão presas em um orbe mais atrasado, mas sem fugir do escopo, prosseguiremos com o assunto.

Só gostaria de fazer uma ressalva, que além do fato de eu não ser adepto ao antropomorfismo, sou totalmente contra a teoria que os Orixás já encarnaram na Terra e se encantaram, como diz a lenda do Candomblé, não consigo conceber que vibrações tão sutis já estiveram presentes em um orbe tão atrasado como o nosso. Enfim…

Uma quizila muito conhecida no panteão umbandista, é claro, na Umbanda de hoje, porque Obaluaiê apareceu na Umbanda após a mistura criada por nós humanos, o famoso umbandomblé ou umbanda traçada, como chamada por muitos, que infelizmente herdou toda essa característica do candomblé, mas vamos adiante:

Obaluaiê tem quizila com Xangô, muitos coíbem filhos de Xangô de irem a cemitérios e filhos de Obaluaiê de tomarem banho nas cachoeiras por provocar a fúria do Orixá. Há também uma lenda que especifica que filhos de Xangô são abandonados no momento de sua morte, por Xangô temer a morte. Mas sejamos racionais, caros leitores, vamos tentar compreender dentro de um ponto de vista mais lógico, não vamos personificar os Orixás, vamos considerá-los vibração.

Xangô carrega a vibração da Justiça Kármica, a Vida, Obaluaiê carrega a vibração da Morte, a Transmutação, a morte de antigas atitudes ao nascimento de novas atitudes, ele é a “personificação” transmutadora, por isso, vamos dizer que é a Morte. Ambos sabemos que a Vida e a Morte são energias antagônicas, uma leva a outra, é fato, mas são energias antagônicas, fico aqui pensando se os Antigos Sábios já não sabiam disso e tentaram explicar esse processo de uma forma mais básica, explicar isso de uma forma que entendemos mais facilmente, uma briga entre eles.

Sim, já especifiquei meu ponto de vista quanto ao antropomorfismo, acho que essa atribuição das características foi para dar maior vivacidade e maior didática ao Panteão Afro, uma forma de elucidar a característica do Deus em relação ao próprio arquétipo do Filho, podem perceber que o filho leva a característica do Orixá, logo… O Orixá também é assim, segundo essa teoria.

Agora vamos lá, espero que tenha ficado bem claro, que de acordo do meu ponto de vista, Orixás são vibrações, não possuem as limitações que nós do orbe terrestre possuímos, acima de tudo, por serem vibrações, estão acima do Bem e do Mal, isento de sentimentos, com isso, vamos raciocinar:

Como uma Luz, um desprendimento da Vibração Divina, pode ter ira? Pode estar colérico com o Filho e com isso, castigá-lo, obrigá-lo a ficar em um local que no momento não é a preferência dele? Mas que Luz tão severa é essa que não compreende a nossa limitada ignorância? Orixá realmente castiga ou isso é superstição carregada pelos babalaôs e que transitam de geração em geração?

Por isso eu não acredito e nada me faz crer que somos castigados por guias e Orixás, é muito mais fácil aos sacerdotes explicarem dessa forma, a darem todo o contexto do que realmente pode ocorrer, mas que infelizmente fogem do conhecimento, porque muitos ainda se prendem a estudos de vícios e o culto ao primitivismo; Existem também os dirigentes de livrinho, lêem meia dúzia de livros e abrem suas casas.

Não estou dizendo que sou portador da Verdade Absoluta, mas gosto de pensar e repensar conceitos, gosto de colocá-los em prática e não gosto de seguir fundamentos das quais as explicações são fúteis “Porque sim” ou “Porque não”, ou o pior de todos eles “Você ainda não está preparado para saber”.

O que iremos estudar e conto com a cooperação de todos para opinar, é a energia negativa que cada vibração traz, como somos duais e toda energia é dual para manter o equilíbrio, então toda energia com polaridade negativa e positiva, e é claro, que a vibração dos Orixás não fugiria da Lei Universal. Ocorre assim algumas situações para que o filho desperte, se desprenda do caminho errado do qual ele está seguindo.

Por que será que geralmente os filhos de Obaluaê ou aqueles filhos que estão sob a regência do mesmo, sofrem algumas enfermidades ou geralmente os filhos de Ogum, perdem suas mulheres, dinheiro ou até mesmo sofrem de doenças de falta de ferro, por exemplo?

Não vejo Orixás como seres e sim como vibrações.

Retirado do site http://umbandadochico.wordpress.com

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A UMBANDA E O EVANGELHO DE JESUS

A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos guias e protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

A Umbanda convida o homem a se transformar. Assim sendo, o consulente recebe esclarecimento sobre sua real condição de espírito imortal, ou seja, é levado a entender que é o único responsável pelas próprias escolhas, e que deve procurar progredir na escala evolutiva da vida, superando a si mesmo. Mas para transformar- se é preciso estar pronto para compreender as energias que serão manipuladas, porque elas trabalham com o ritmo interno. Ouvir a intuição é, portanto, ouvir a si próprio; é saber utilizar os recursos necessários que estão disponíveis para efetuar a mudança do estado de consciência.

Por isso, transformar significa reverter o apego em desapego, as faltas em fartura, a ingratidão e o ressentimento em perdão.. É não revidar o mal, mas sempre praticar o bem.

Dar sem esperar reconhecimento ou gratidão. A beleza da vida está justamente na “individualidade” , no ser único, criado por Deus para amar. E este ser único está ligado à coletividade pelos laços do coração e da evolução, a fim de aprender a compartilhar, respeitar, educar e ser feliz.

Somos o somatório dos nossos atos de ontem: por ter cometido inúmeros excessos, estamos conhecendo a escassez, ou melhor, sempre atuamos à margem, não conseguindo nos equilibrar no caminho reto, pois o processo de evolução é lento, não dá saltos, respeita o livre arbítrio, o grau de consciência e o merecimento de cada um.

A Umbanda pratica o Jesus consolador, e, silenciosamente, vai evangelizando pelo Brasil afora, levando Suas máximas: “A água mais límpida é a que corre no centro do rio, pois as margens sempre contêm impurezas”. “Não vos inquieteis pelo dia de amanhã, porque o amanhã cuidará de si mesmo”, pois Ele nos envia o Seu amor incondicional, que não impõe condições, porque não julga, não cobra, apenas Se doa e espera pelo nosso despertar para as verdades espirituais, para o homem de bem que existe dentro de cada um de nós.

Quando Jesus se aproximou de João Batista, que, com os joelhos encobertos pela água do Rio Jordão, mais uma vez falava do Messias, ao olharem-se um ao outro, uma força poderosa instalou-se sobre todos os circunstantes. Jesus então aproximou-Se de João Batista, e este ajoelhou-se aos pés do cordeiro de Cristo. Mansamente Ele o levantou e agachou-Se sinalizando para que João O batizasse. Nesse instante único, vibraram intensamente sobre Jesus, no centro do seu chacra coronário, o Cristo Cósmico e todos os Orixás. Foi preciso que o Messias fosse “iniciado” por um mestre do amor na Terra, para que se completasse Sua união com o Pai, e ambos fossem um. Esse é um dos quadros históricos mais expressivos e simbólicos que avalizam os amacis na Umbanda.

Texto extraído do livro “Umbanda Pé no Chão – Um guia de estudos orientados pelo espírito Ramatís ( Editora Conhecimento) - recebido por e-mail enviado em 18/03/2009 por Mãe Vanessa Cabral - Dirigente do Templo Universalista Pena Branca (Filiada da T.U.Caboclo Pery)