A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos Guias, Mentores e Protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

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quarta-feira, 6 de março de 2013

Cobrar Dinheiro na Umbanda?


 
Por Quê Cobrar o Passe?

Ao que parece, há uma certa tolerância de alguns umbandistas para o assunto das cobranças pela caridade.

Existe uma corrente que justifica determinadas cobranças monetárias pelos serviços realizados nos terreiros de Umbanda ou em casas que assim se denominam. Não é de hoje que diversos "filhos de fé" praticam atos que não estão de acordo com o que foi anunciado há pouco mais cem anos como parte do ritual do "novo culto" que ora se instalava no solo brasileiro.

Em nome do que chamam de "pagamento pelo chão", ou "pagamento pelo jogo", ou algo semelhante, umbandistas de várias vertentes da religião disseminaram uma prática que já foi combatida por todos os antigos e grandes decanos do passado. Explicaram, baseados em uma conversa muito bem elaborada e verossímil, que o pagamento pelos seus serviços de auxílio ao próximo são legítimos e corretos. "Não há mal algum nisso", defendem-se.

A máxima que define a Umbanda: "manifestação do espírito para a caridade", já ficou sem sentido. Essas palavras não encontram eco nas esquinas ou fundos de quintal onde se encontram umas casinhas com placas que as identificam como terreiros de Umbanda.

Uma observação mais apurada revelará o esquema que ali ocorre sob a anuência dos próprios frequentadores do lugar.

Ali, debaixo do silêncio de algum Pai Preto ou Caboclo, a troca da caridade por qualquer valor material é realizada sem protextos ou rubor de faces. Afinal, alguém tem que pagar!

Naquelas casinhas observa-se o tão sincero e simpático paizinho de santo incorporado por seu mentor falando humilde e cheio de simplicidade. Mas, ao seu lado, em posição de guardião, aquele que vai estender a mão para solicitar o pagamento devido. E a entidade ainda dá um sorriso cordial e roga-lhe as bençãos dos céus.

Na outra casinha de Umbanda mais adiante, parecida até com uma tenda, um outro médium caracterizado de Oriental pelas roupas e adereços minuciosamente produzidos para tais momentos movimenta as mãos com diversas cartas coloridas e cheias de figuras simbólicas na frente de uma mulher desesperada. A mulher está com os nervos em frangalhos porque o marido que ela tanto ama está diferente e prestes a abandonar o lar. Ela quer saber se isto vai acontecer de fato, ou se é apenas paranóia de uma mulher neurótica.

O médium diz que precisa "ler" nas cartas, mas que para isto deve receber as moedas correspondentes. "Não vou conseguir ver o seu futuro se você não pagar pelo jogo", declara o médium. Isto não é caridade, explica. Ora, não é caridade o socorro que ele vai prestar àquela mulher desesperada, portanto a sorte está lançada. Azar o dela, se as cartas disserem que o fulano já está com outra... Mas, o dinheiro tem que estar na mão do jogador, antes que a verdade venha à tona.

Mais uma casa adiante e uma nova surpresa: lá está a mãezinha tão doce do terreiro de umbanda que se ergue num bairro próximo. Ali, na casa dela, território particular, domínio seu, a coisa muda. Lá no terreiro, tudo é de "grátis". Lá, quem manda é "cabocro", mas ali quem dá o preço é a "Mãe Maria da Consolação Anunciada do Rosário Nazareno d'Oxum". E como ela sabe jogar os búzios!

No terreiro ela não pode, mas na sua residência ou consultório particular, sim... pode! Ali, na casinha com plaquinha de Umbanda, a mãezinha sacoleja vários búzios e despeja-os sobre uma cestinha de palha.

Um olhar compenetrado... Uma expressão instigante... Um silêncio mortal... e a declaração oriunda do além.

Depois do jogo, tudo pago conforme reza a cartilha, um pequena receita que vai lhe custar uma grande quantia. Mas, não há nenhuma garantia de que tudo vai funcionar. Vai depender do merecimento, ou da fé, ou da Vontade de Zambi, ou do Carma, ou dos Irmãos Espirituais, ou do Exu, ou da Pomba Gira, ou da mente, etc, etc, etc.

Se alguma coisa der errado, não há problema, pois o "pagamento" já foi efetuado através do cartão de crédito ou em espécie. Cheque...?!, Nem pensar!!!

Será que tudo isto foi previsto há Cem Anos atrás?

O chicote do Mestre só serviu para os do Templo de Salomão?

Será que o pagamento pela Escravatura da Colônia está sendo cobrado hoje?

O que mais falta acontecer?!

Ah, sim... Falta pagar o passe!

O passe deixou de ser livre.


Reflitam!



Fonte: http://casadecaridadesantoantoniodepadua.blogspot.com/

Um comentário:

  1. Boa noite.
    Como vê, estou aqui quase 4 da madruga num dilema terrível. Preciso muito de ajuda espiritual e uma pessoa que confio me indicou um terreiro aqui em Curitiba. Paguei 57,00 por uma consulta espiritual com uma entidade, que me pediu um ebó e falou para seu ogan (é assim que chama o auxiliar, né?), que era pra "pedir moeda", ou seja, cobrar. Além da lista enorme de material, pedem 117,00 pela "mesa". Estou muito indecisa se pago ou não. Mas preciso mesmo de ajuda.
    Isso é correto? Se eu me negar a pagar (pois não tenho como!), eles podem se negar a me atender ou fazer tudo pela metade para me prejudicar? Por favor... Preciso de esclarecimento. Tenho medo de mexer com forças ocultas e bater de frente com o que não vejo.
    Espero sua ajuda. Obg.

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A UMBANDA E O EVANGELHO DE JESUS

A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos guias e protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

A Umbanda convida o homem a se transformar. Assim sendo, o consulente recebe esclarecimento sobre sua real condição de espírito imortal, ou seja, é levado a entender que é o único responsável pelas próprias escolhas, e que deve procurar progredir na escala evolutiva da vida, superando a si mesmo. Mas para transformar- se é preciso estar pronto para compreender as energias que serão manipuladas, porque elas trabalham com o ritmo interno. Ouvir a intuição é, portanto, ouvir a si próprio; é saber utilizar os recursos necessários que estão disponíveis para efetuar a mudança do estado de consciência.

Por isso, transformar significa reverter o apego em desapego, as faltas em fartura, a ingratidão e o ressentimento em perdão.. É não revidar o mal, mas sempre praticar o bem.

Dar sem esperar reconhecimento ou gratidão. A beleza da vida está justamente na “individualidade” , no ser único, criado por Deus para amar. E este ser único está ligado à coletividade pelos laços do coração e da evolução, a fim de aprender a compartilhar, respeitar, educar e ser feliz.

Somos o somatório dos nossos atos de ontem: por ter cometido inúmeros excessos, estamos conhecendo a escassez, ou melhor, sempre atuamos à margem, não conseguindo nos equilibrar no caminho reto, pois o processo de evolução é lento, não dá saltos, respeita o livre arbítrio, o grau de consciência e o merecimento de cada um.

A Umbanda pratica o Jesus consolador, e, silenciosamente, vai evangelizando pelo Brasil afora, levando Suas máximas: “A água mais límpida é a que corre no centro do rio, pois as margens sempre contêm impurezas”. “Não vos inquieteis pelo dia de amanhã, porque o amanhã cuidará de si mesmo”, pois Ele nos envia o Seu amor incondicional, que não impõe condições, porque não julga, não cobra, apenas Se doa e espera pelo nosso despertar para as verdades espirituais, para o homem de bem que existe dentro de cada um de nós.

Quando Jesus se aproximou de João Batista, que, com os joelhos encobertos pela água do Rio Jordão, mais uma vez falava do Messias, ao olharem-se um ao outro, uma força poderosa instalou-se sobre todos os circunstantes. Jesus então aproximou-Se de João Batista, e este ajoelhou-se aos pés do cordeiro de Cristo. Mansamente Ele o levantou e agachou-Se sinalizando para que João O batizasse. Nesse instante único, vibraram intensamente sobre Jesus, no centro do seu chacra coronário, o Cristo Cósmico e todos os Orixás. Foi preciso que o Messias fosse “iniciado” por um mestre do amor na Terra, para que se completasse Sua união com o Pai, e ambos fossem um. Esse é um dos quadros históricos mais expressivos e simbólicos que avalizam os amacis na Umbanda.

Texto extraído do livro “Umbanda Pé no Chão – Um guia de estudos orientados pelo espírito Ramatís ( Editora Conhecimento) - recebido por e-mail enviado em 18/03/2009 por Mãe Vanessa Cabral - Dirigente do Templo Universalista Pena Branca (Filiada da T.U.Caboclo Pery)