A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos Guias, Mentores e Protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

Seguidores do Blog Espiritualidade e Umbanda

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Dia 13 de Junho - Dia de Exu na Umbanda - Dia de Santo Antõnio




“Fala em línguas quem está repleto do Espírito Santo. As diversas línguas são o testemunho que devemos dar o favor de Cristo, a saber, humildade, pobreza, paciência e obediência. Quando os outros virem em nós estas virtudes, estaremos nós falando a eles. Nossa linguagem é penetrante quando é nosso agir que fala. Eu vos conjuro, pois, deixai vossa boca emudecer-se e vossas ações fala! Nossa vida está tão cheia de belas palavras e tão vazia de boas obras”.
(Santo Antõnio)


Santo Antônio de Pádua, ou Santo Antônio de Lisboa, porque nasceu na cidade de Lisboa, em Portugal, e desencarnou, em Pádua, na Itália.

Santo que seguiu os passos do Mestre Jesus e exemplificou suas palavras de forma humilde e fiel. Discípulo de São Francisco de Assis, abdicou da sua herança e viveu para defender os pobres e deserdados, pregador incansável do Evangelho. Amante da natureza e da solidão. Pode-se observar seus diálogos com a natureza e os animais em seu “Sermão de Santo Antônio aos Peixes”.

Procurava meditar e orar em lugares afastados, onde não houvesse o barulho das cidades. E, em uma dessas meditações, recebeu a visita do Menino Jesus. Por tal fato, sua imagem o representa com Jesus criança em seus braços. A imagem ainda apresenta lírios brancos, que representam a nobreza e a virtude desse valoroso servidor da Palavra Divina enquanto andou por essa Terra.

Com relação à devoção a Santo Antônio, encontramos no Brasil a tradição de, no dia 13 de junho, distribuir pão, que deve ser guardado nas residências, a fim de assegurar o alimento a todos que nela residem; a devoção mensal no dia 13, a “trezena”; pedidos para encontrar objetos perdidos, da mesma forma que São Longuinho; e as promessas feitas para se conseguir casamentos, além da comemoração das festas juninas, onde se utilizam muitas cantigas que louvam seu nome.

Falando um pouco sobre sua vida, nasceu em Lisboa, no ano de 1192, sendo batizado com o nome de Fernando. Ingressou no mosteiro de São Vicente de Fora dos Agostinianos aos 15 anos de idade, e pelo exemplo dos franciscanos, decidiu trocar seu nome para Antônio, sendo aceito na Ordem Franciscana, no ano de 1208, quando renunciou à herança paterna e seus títulos nobiliários, e recolheu-se no mosteiro de São Vicente, localizado nos arredores da cidade de Lisboa.

Em 1219, ordenou-se sacerdote, permanecendo no eremitério de Montepaulo, na comarca da Romagna, quando teve início a passagem mais significativa de Santo Antônio como pregador da palavra do Evangelho.

Em 1230, com a saúde debilitada, frei Antônio retirou-se para uma localidade perto de Pádua, já com a saúde debilitada pelo exercício constante do apostolado de Jesus, com constantes jejuns e penitências, quando se recolheu El Camposampiero, no convento eremitério de Arcela, perto do castelo de um amigo seu. Em 1231, pregou em Pádua a famosa Quaresma, que é considerada por muitos como o momento de refundação da cidade, com multidões sendo convertidas e realizando prodígios.

Em 13 de junho de 1231, Frei Antônio com a idade de 39 anos, desencarnou. Teve seu corpo sepultado na igreja do convento dos frades menores de Santa Maria de Pádua.

Em maio de 1232, um ano após sua morte, o Papa Gregório IX inscreveu o nome de Antônio no catálogo dos Santos.Em 1946, Pio XIII declarou Santo Antônio Doutor da Igreja, com o Título de “Doutor Evangélico”.


Um Pouco mais de Santo Antônio:

Quando não era ouvido pelas pessoas, dirigia-se às aves e aos peixes.

Passava muitos dias em meditação e oração em lugares afastados, longe do barulho e da agitação das cidades.

Enquanto rezava em um desses eremitérios, recebeu a visita do Menino Jesus. Em razão dessa aparição, Santo Antônio é representado carregando o Menino Jesus nos braços.

O lírio que aparece nos braços ou nos pés, é o símbolo da pureza. A sua mensagem de fé e de amor para com Deus e a sua caridade para com os pobres continuam atuais.

Sal da terra e luz do mundo, Santo Antônio é tão procurado pelas pessoas que se tornou um dos santos mais populares do mundo.

Em sua companhia, procuremos reencontrar o verdadeiro sentido da nossa vida, a fé em Deus, o amor para com os mais pobres e uma esperança inabalável na Divina Providência.

Conhecido, carinhosamente, como Antoninho, Santo Antônio tem fama de casamenteiro. Dizem que as simpatias evocadas em seu nome dão certo.

Santo Antônio sempre foi circundado por uma aura sobrenatural – mesmo em vida já era considerado santo pelos milagres realizados através de suas orações e pedidos em que Deus se manifestou:

– Santo Antônio teve uma infância sem muitas emoções, mas uma passagem foi interessante.

Conta-se que seu pai, Martinho, gostava de ir a uma fazenda que possuía nos arredores de Lisboa. Um dia, levou o filho com ele. Que magnífica colheita aquele ano! Pena, porém, que insaciáveis bandos de pássaros descessem continuamente para bicar os grãos de trigo. Era necessário espantá-los para impedir grave dano à colheita. Martinho tinha de providenciar um guardião. Enquanto procurava um, encarregou o garoto de manter longe os pequenos ladrões. O pai se foi e Fernando permaneceu correndo de cá para lá no campo. Em pouco tempo começou a se aborrecer com aquela ocupação. Não muito longe, uma capelinha rústica o convidava à oração. Mas o pai o mandava enxotar os passarinhos: não podia desobedecer. Depois de um átimo de incerteza, gritou aos pássaros, convidando-os a segui-lo para dentro de uma sala da fazenda. Aqueles, obedientes, nela entraram chilreando. Quando todos estavam dentro, Fernando fechou as janelas e as portas, e foi tranqüilamente fazer sua visita ao Senhor. Já entardecia quando o pai, retornando, veio procurá-lo. Andou pelo campo, chamando-o cá e lá, mas não encontrou ninguém. Preocupado, dirigiu-se à capela e o descobriu, todo absorto na prece. Fernando se assustou um tanto, mas tomou o pai pelas mãos e o conduziu ao salão repleto dos vôos e dos cantos dos graciosos prisioneiros. Abriu a porta e, a um sinal seu, os pássaros, em bando, retornaram os livres caminhos do espaço.


Frases de Santo Antônio

"Deus é Pai de todas as coisas. Suas criaturas são irmãos e irmãs."

"É viva a Palavra quando são as obras que falam."

"Quando te sorriem prosperidade mundana e prazeres, não te deixes encantar; não te apegues a eles; brandamente entram em nós, mas quando os temos dentro de nós, nos mordem como serpentes."

"Uma água turva e agitada não espelha a face de quem sobre ela se debruça. Se queres que a face de Cristo, que te protege, se espelhe em ti, sai do tumulto das coisas exteriores, seja tranqüila a tua alma."

"A paciência é o baluarte da alma, ela a fortifica e defende de toda perturbação."

"Ó meu Senhor Jesus, eu estou pronto a seguir-te mesmo no cárcere, mesmo até a morte, a imolar a minha vida por teu amor, porque sacrificaste a tua vida por nós."

"Como os raios se desprendem das nuvens, assim também dos santos pregadores emanam obras maravilhosas. Disparam os raios, enquanto cintilam os milagres dos pregadores; retornam os raios, quando os pregadores não atribuem a si mesmos as grandes obras que fazem, mas à graça de Deus."

"Neste lugar tenebroso, os santos brilham como as estrelas do firmamento. E como os calçados nos defendem os pés, assim os exemplos dos santos defendem as nossas almas tornando-nos capazes de esmagar as sugestões do demônio e as seduções do mundo."

"Quem não pode fazer grandes coisas, faça ao menos o que estiver na medida de suas forças; certamente não ficará sem recompensa".

Na Umbanda, Santo Antônio é considerado Santo de Exu.

É também conhecido como Santo Antônio de Pemba.

Esse fato remonta à época da escravidão quando os escravos deveriam orar e professar a crença nas capelas erigidas nas fazendas dos donos de engenho e, para preservarem seu culto ancestral aos orixás, adotaram os santos para com eles sincretizarem, em virtude de suas semelhanças.

Quando os escravos adotaram Santo Antônio de Lisboa por Santo Antônio de Pemba como Exu, fizeram-no por diversos motivos. O primeiro porque tinham que acompanhar o credo católico; o segundo para ludibriar a boa fé dos senhores das fazendas, pois proibiam que os mesmos professassem o seu culto africano; e o terceiro porque faziam suas festas com fogo, como fogueiras, etc., e o dono do fogo é Exu.

Santo Antônio sempre foi considerado como mensageiro do Evangelho de Jesus, e segundo a tradição que persiste no tempo, nos guia os passos no bom caminho. Por isso, atua também com Exu, agente, guardião e senhor do destino e dos caminhos dos indivíduos.

Santo Antônio é Santo de Lisboa, de Batalha, de Pemba, é Santo trabalhador, conforme se observa nos pontos cantados na Umbanda, onde se louva seu nome.


“Santo Antônio de Lisboa, olha pro mundo como está.
Quem antes me abraçava e me beijava, agora quer me apunhalar.
Oh, saravá seu cordão preto, minha Santo Antônio que eu sou filho seu
Oh, livrai-me dos inimigos, minha Santo Antônio, pelo amor de Deus...”


“Santo Antônio de Pemba, segura seus filhos, segura o Congá
Eu sou filho de Pemba, eu não posso cair, eu não posso tombar.
Ah, como caminhou, pemba,
Ah, como caminhou, pemba.
Santo Antônio de Pemba, como caminhou...”



Autor: Lara Lannes
Equipe Genuína Umbanda
www.genuinaumbanda.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

A UMBANDA E O EVANGELHO DE JESUS

A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos guias e protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

A Umbanda convida o homem a se transformar. Assim sendo, o consulente recebe esclarecimento sobre sua real condição de espírito imortal, ou seja, é levado a entender que é o único responsável pelas próprias escolhas, e que deve procurar progredir na escala evolutiva da vida, superando a si mesmo. Mas para transformar- se é preciso estar pronto para compreender as energias que serão manipuladas, porque elas trabalham com o ritmo interno. Ouvir a intuição é, portanto, ouvir a si próprio; é saber utilizar os recursos necessários que estão disponíveis para efetuar a mudança do estado de consciência.

Por isso, transformar significa reverter o apego em desapego, as faltas em fartura, a ingratidão e o ressentimento em perdão.. É não revidar o mal, mas sempre praticar o bem.

Dar sem esperar reconhecimento ou gratidão. A beleza da vida está justamente na “individualidade” , no ser único, criado por Deus para amar. E este ser único está ligado à coletividade pelos laços do coração e da evolução, a fim de aprender a compartilhar, respeitar, educar e ser feliz.

Somos o somatório dos nossos atos de ontem: por ter cometido inúmeros excessos, estamos conhecendo a escassez, ou melhor, sempre atuamos à margem, não conseguindo nos equilibrar no caminho reto, pois o processo de evolução é lento, não dá saltos, respeita o livre arbítrio, o grau de consciência e o merecimento de cada um.

A Umbanda pratica o Jesus consolador, e, silenciosamente, vai evangelizando pelo Brasil afora, levando Suas máximas: “A água mais límpida é a que corre no centro do rio, pois as margens sempre contêm impurezas”. “Não vos inquieteis pelo dia de amanhã, porque o amanhã cuidará de si mesmo”, pois Ele nos envia o Seu amor incondicional, que não impõe condições, porque não julga, não cobra, apenas Se doa e espera pelo nosso despertar para as verdades espirituais, para o homem de bem que existe dentro de cada um de nós.

Quando Jesus se aproximou de João Batista, que, com os joelhos encobertos pela água do Rio Jordão, mais uma vez falava do Messias, ao olharem-se um ao outro, uma força poderosa instalou-se sobre todos os circunstantes. Jesus então aproximou-Se de João Batista, e este ajoelhou-se aos pés do cordeiro de Cristo. Mansamente Ele o levantou e agachou-Se sinalizando para que João O batizasse. Nesse instante único, vibraram intensamente sobre Jesus, no centro do seu chacra coronário, o Cristo Cósmico e todos os Orixás. Foi preciso que o Messias fosse “iniciado” por um mestre do amor na Terra, para que se completasse Sua união com o Pai, e ambos fossem um. Esse é um dos quadros históricos mais expressivos e simbólicos que avalizam os amacis na Umbanda.

Texto extraído do livro “Umbanda Pé no Chão – Um guia de estudos orientados pelo espírito Ramatís ( Editora Conhecimento) - recebido por e-mail enviado em 18/03/2009 por Mãe Vanessa Cabral - Dirigente do Templo Universalista Pena Branca (Filiada da T.U.Caboclo Pery)