A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos Guias, Mentores e Protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Como saber quem é minha Pomba Gira?



Quando dizemos, na Umbanda, que todas as pessoas, têm seus Guardiões protetores, não estamos com isso, querendo causar uma busca desenfreada e nem tão pouco causar frustrações aos irmãos. Apenas e tão somente, queremos dizer que graças a providência do Criador, todos nós temos Guardiões e devemos tê-los em alta conta, mesmo que jamais saibamos seus nomes, histórias pessoais ou a que falange pertencem.

Qual o percentual da população mundial, que trabalha efetivamente na Umbanda ou nos cultos afro-brasileiros?

Dentro desse grupo que trabalha mediunicamente nos cultos acima citados, quantos são os irmãos que são médiuns ativos de incorporação. Não quero dizer que Exus e Pombas Giras, comuniquem-se apenas através da incorporação. Eles podem fazer uso de qualquer forma de comunicação mediúnica, como a psicofonia, a psicografia, o desdobramento durante o sono do médium, ou até mesmo através da mediunidade intuitiva. Mas qual seria a real necessidade de irmãos não praticantes dos cultos, saberem os nomes de seus guardiões?

Se a resposta é mera curiosidade, esqueça. Se a resposta é amor à esses guias maravilhosos, pode ser que consigam. MAS, COMO EFETIVAMENTE SABER QUEM É MINHA GUARDIÃ?

Primeiro quero dizer-lhes como não conseguirão:
1. Por data de seu nascimento
2. Por numerologia – Isso é furada
3. Por consultas de cartomancia
4. Por informações vindas de pessoas “intuitivas” ou fontes não confiáveis
5. Por comparações de características pessoais

O QUE FAZER ENTÃO E COMO PROCEDER?

Eu confio apenas em duas formas de saber sobre as Guardiãs:

1. A comunicação direta da mesma, através das formas de mediunidade acima citadas.

2. A revelação feita por um Guia de confiança e obviamente, através de um médium de confiança. (E aonde encontrá-los?) meus queridos, pesquisem na internet sobre Terreiros de Umbanda em sua cidade. Mas vejam o que escrevem, analisem o que prometem, usem o bom senso e intuam se devem ou não dar crédito à esse Terreiro e a seus médiuns. Visite então o Terreiro que lhe pareceu adequado, tome seus passes, frequente com certa regularidade e consulte com a entidade chefe do trabalho e exponha sua necessidade.

Mas você apenas obterá as respostas, caso o astral perceba relevância nessa revelação. Um alerta, Terreiros de Umbanda não cobram para revelar nomes de guias de ninguém (nada é cobrado)! Se não gostou, procure outro, se for o momento você será guiado ao local ou a pessoa certa.

Se o princípio que o move nessa busca, for amor, sua Guardiã poderá revelar-lhe quem é através de sonhos, intuições ou inspirações.

Um esclarecimento: as entidades não aparecem nuas, com atitudes sexuais ou qualquer outra forma negativa em sonhos ou em visões. “POMBA GIRA GUARDIÃ NÃO É KIUMBA”, lembram-se?

Aos médiuns em desenvolvimento que não sabem ainda os nomes de seus guias, apenas esperem o momento certo, a entidade irá dizer quem é. Ou podem recorrer ao seu pai de Santo, pedindo orientação.

Caro leitor, você não é menos que ninguém e tão pouco sua protetora é inferior à qualquer outra , por não revelar-lhe quem é! Ame e respeite essa entidade de Luz, faça o bem e com o tempo, certamente , de algum modo, ela irá fazer com que você saiba quem ela é.

Fonte http://umbanda.in/umbanda

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Zélio Fernandino de Moraes




Ele era um jovem como qualquer outro de sua época. Naqueles dias de início de século, acompanhava com satisfação e interesse as notícias a respeito de outros rapazes que ingressariam na Escola Naval. Era seu sonho trabalhar na Marinha, principalmente após concluir o curso propedêutico e já contar 17 anos de idade.

Contudo, alguma coisa parecia querer modificar seus planos. Algo estranho ocorria em seu interior; vozes pareciam repercutir em sua mente, e ele temia estar ficando louco. Como compartilhar esse fato com seus pais?

Mesmo assim resolveu que iria ingressar na escola da Marinha. Não poderia voltar atrás com seu sonho.

Começou então a caminhada em direção a seu ideal, que se esboçava naqueles dias que marcaram o ano de 1908, início do século XX.

Zélio de Moraes era um jovem sonhador.

Mas algo marcava profundamente o psiquismo do rapaz – ”uma espécie de ataque”, como classificava a família.

- Vez ou outra Zélio parece ficar desmiolado – dizia a mãe. Ele falava coisas incompreensíveis e parecia ficar todo torto, encurvado mesmo.

- Será que o menino está sofrendo da espinha? – alguém da família perguntou, certa ocasião.

Não havia mais como disfarçar a situação, pois os ataques se repetiam com maior freqüência.

O jeito era levar o rapaz para uma consulta com o Epaminondas. Era um tio de Zélio, que trabalhava como coordenador do hospício de Vargem Grande. Em uma conversa do Dr. Epaminondas com o pai de Zélio, o médico relatou:

- Nunca vi coisa desse jeito. O menino se modifica todo, e, para mim, ele não se enquadra em nada que a ciência consiga explicar.

- Mas se continuar assim ele vai acabar interrompendo seu curso na Escola Naval! O que fazer com esse menino? Será coisa do demônio? – indagava o pai, aflito.

- Sei lá. De demônio eu não entendo nada. Imagine que, durante os dias em que examinei Zélio, ele começou a falar com um sotaque diferente, parecendo um velho que mal sabia falar português. Ele chegou até a dar umas receitas esquisitas de ervas e banhos, chás e outras coisas. Dizia, num linguajar estranho, que a recomendação era para um outro paciente que sofria de ”mal da cabeça”…

- Deus me livre, Epaminondas! Esse menino está é com a cabeça afetada mesmo – respondia a mãe.

Zélio de Moraes retornou novamente à família após os exames do Dr. Epaminondas. Nada resolveu.

Nova tentativa deveria realizar-se. Zélio foi encaminhado a um padre da família. Exorcismos e benzeduras foram feitos, mas nada de o demônio sair; em breve chegariam à conclusão de que nada daquilo surtiria efeito. Mesmo o padre desistiu logo, pois percebeu que suas rezas não valiam para aquele caso. Durante uma das sessões com o padre, Zélio estremeceu todo, encurvou-se e deu uma risada gostosa:

- Ih, seu padre, nóis já se conhece de outros tempo, né, zinfio?

- Conhece de onde? Eu não tenho parte com o diabo, não.

- Hi! Hi! Não é o diabo não, seu padre, é ieu memo. Um véio bem maroto.

O padre benzeu a si próprio e deixou Zélio dentro da igreja, abandonando-a sem nada compreender. O rapaz novamente retorna ao lar, após o insucesso das tentativas paroquianas. Ainda bem que o padre era membro da família, senão o infeliz teria um outro fim. Outras técnicas e exorcismos foram aplicados, mas o tal demônio de fala mansa não arredava pé: Zélio não melhorava de jeito nenhum.

A família, desesperada, já procurava qualquer tipo de ajuda. Sem importar de onde vinha, se fosse para ajudar a resolver o caso de Zélio, qualquer auxílio seria bem-vindo. Não mais adiantavam benzeção, consulta com médico ou conselho de padre. Precisavam encontrar uma explicação e, principalmente, a cura para o estranho mal que acometera o rapaz.

Um dia, uma vizinha que era chegada à família sugeriu algo inusitado:

- Sabe de uma coisa, minha gente, pra mim esse negócio do Zélio não e coisa de demônio, nada. Isso cheira a espiritismo! E espírito mesmo, e dos fortes.

- Espiritismo? E você por acaso conhece disso?

- Claro que sim! Ou você não sabe que eu sou entendida em muitas coisas da vida? Sei ate que lá, em Niterói, tem um tal de seu José de Souza, que é presidente de um centro muito forte. É um tal de Kardecismo.

A mãe de Zélio ficou lá matutando a respeito do espiritismo e resolveu pedir socorro à vizinha. Sem pensar duas vezes, ela logo procurou colher informações sobre o centro espírita e pôde descobrir endereço e nomes das pessoas responsáveis.

Um dia, quando Zélio estava no meio de um de seus ”ataques”, a família já completamente apavorada resolve procurar o centro espírita, como último recurso. Era a Federação Kardecista de Niterói. Ali chegaram com o rapaz no dia 15 de novembro de 1908, e quem os recebeu foi exatamente o presidente, o Sr. José de Souza.

A princípio a família Moraes ficou bastante inquieta com a situação. Na época, o simples fato de visitar um centro espírita já era algo assustador, devido ao preconceito e ao desconhecimento. Entre uma conversa e outra, descobriram que o Sr. José de Souza era alguém importante na Marinha: já naquela época, títulos e posições sociais eram ótimos cartões de visita. Logo se sentiram à vontade para conversar a respeito de Zélio.

Ali mesmo, na Federação, Zélio de Moraes agitou-se todo, e, como nas demais vezes, deu-se o chamado ”ataque” que os familiares tanto temiam. O presidente, através da vidência, logo percebeu que se tratava do fenômeno da incorporação e que um ou mais espíritos se revezavam falando através do jovem rapaz. Eram incorporações involuntárias, já que o médium não tinha controle consciente sobre o fenômeno.

Conduzido pelo Sr. Souza a uma reunião, Zélio já se encontrava em transe. O dirigente divisava claramente imagens e cenas que ocorriam em torno do médium, e a presença de uma entidade comunicante:

- Quem é você que fala através deste médium? O que deseja?

- Eu? Eu sou apenas um caboclo brasileiro. Vim para inaugurar algo novo e falar às pessoas simples de coração.

- Você se identifica como um caboclo, talvez um índio, mas eu vejo em você restos de vestes de um sacerdote católico. Não estará disfarçando sua aparência? Vejo-lhe o corpo espiritual.

- Sei que pode me ver. Mas asseguro-lhe que o que você percebe em mim são os sinais de uma outra existência, anterior a esta na qual adquiri a aparência indígena. Fui um sacerdote jesuíta, e, na ocasião, meu nome era Gabriel Malagrina. Fui acusado de bruxaria pela Igreja, sacrificado na fogueira da Inquisição por haver previsto o terremoto que destruiu Lisboa em 1755. Mas, em minha última existência física, Deus concedeu-me o privilégio de nascer como um caboclo nas terras brasileiras.

- E podemos saber seu nome?

- Para que nomes? Vocês ainda têm necessidade disso? Não basta a minha mensagem?

- Para nós seria de muita ajuda saber com quem falamos. Quem sabe podemos ajudar mais sabendo também algo mais detalhado?

- Se é preciso que eu tenha um nome, digam que sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, pois para mim não existem caminhos fechados. Venho trazer a Umbanda, uma religião que harmonizará as famílias, unirá os corações, falará aos simples e que há de perdurar até o final dos séculos.

- Mas que religião nova é esta e por que fazer o médium sofrer assim?

- A nova religião virá, e não tardará o tempo em que ela falará aos corações mais simples e numa linguagem despida de preconceito. Entre o povo do morro, das favelas, das ruas e dos guetos, será entoada uma cantiga nova. O povo receberá de seus ancestrais o ensinamento espiritual em forma de parábolas simples, diretamente da boca de pais-velhos e caboclos. Quanto ao que você chama de sofrimento do médium, é apenas uma fase de amadurecimento de sua mediunidade. Vocês é que interpretam como sofrimento; para nós, é apenas uma forma de adaptarmos o aparelho mediúnico ao trabalho que espera por ele. Depois, todo esse incômodo cessará. O que tiver de vir, virá.

- Mas se já existem tantas religiões no mundo e também temos o espiritismo, você acha que mais uma religião contribuirá para alguma coisa positiva? Por que essa forma fluídica de caboclo ou, como você diz, de pai-velho? Isso é necessário?

- Deus, em sua infinita bondade, estabeleceu a morte como o grande nivelador universal. Rico ou pobre, poderoso ou humilde se igualam na morte, mas vocês, que são preconceituosos, descontentes por estabelecer diferenças apenas entre os vivos, procuram levar essas diferenças até além da morte. Por que não podem nos visitar os humildes trabalhadores do espaço se, apesar de não haverem sido pessoas importantes na Terra, também trazem importantes mensagens da Aruanda? Por que não receber os caboclos e pretos-velhos? Acaso não são eles também filhos do mesmo Deus?

- O que você quer dizer com a palavra Aruanda? – Aruanda é o mundo espiritual, os trabalhadores da Aruanda são todos aqueles que levantam a bandeira da liberdade.

Depois de mais algumas perguntas feitas pelo dirigente da reunião espírita, o caboclo continuou: este planeta mais uma vez será varrido pela dor, pela ambição do homem e pelo desrespeito às leis de Deus. A guerra logo irá fazer suas vítimas. As mulheres perderão ali a vergonha. Uma onda de sangue varrerá a Europa, e, quando todos acharem que o pior já foi atingido, uma outra onda de sangue, muito pior do que a primeira, envolverá a humanidade, e um único engenheiro militar será capaz de destruir, em segundos, milhares de pessoas. O homem será vítima de sua própria máquina de destruição.

- Vejo que você se faz um profeta…

- Assim como previ o terremoto de Lisboa em 1755, trago hoje em minhas palavras um pouco do futuro do mundo; mas agora já não podem matar o corpo, pois este está morto. Vivo como espírito e como caboclo trago uma nova esperança. Amanhã, na casa onde meu médium mora, haverá uma mesa posta para toda e qualquer entidade que queira ou que precise se comunicar; independentemente daquilo que haja sido em vida, será bem-vinda. Espíritos de sacerdotes, iniciados e sábios tomarão a forma de simples pais-velhos ou caboclos, e levaremos o consolo ao povo necessitado.

- Parece mais uma igreja que você fundará na Terra…

- Se desejar, poderá chamar de igreja; para nós é apenas uma tenda, uma cabana.

- E que nome darão a essa igreja?

- Tenda Nossa Senhora da Piedade, pois, da mesma forma que Maria ampara nos braços o filho querido, também serão amparados os que se socorrerem da aumbandhã.

- Por que dar o nome de tenda a essa igreja? Por que inventar novos nomes? Isso não irá complicar mais ainda para a população? – o Presidente José de Souza queria extrair mais alguma coisa da entidade.

- As igrejas dos homens e os templos construídos pelo orgulho humano são muito imponentes. Chamaremos de tenda o local de reunião; um lugar simples e humilde, como simples e humildes devemos trabalhar para ser.

Como era previsível, o presidente da Federação Kardecista de Niterói não concordou com aquilo que o caboclo brasileiro trazia através de Zélio de Moraes. Contudo, foi obrigado a reconhecer que algo novo surgira naquele 15 de novembro de 1908.

No dia seguinte, a família Moraes se reuniria em sua sala e, juntamente com eles, um grupo de espíritas curiosos que chegaram para ver como seria a nova religião. Aqueles que se sentiram atraídos pelas palavras do caboclo perceberam a arrogância dos dirigentes e foram obrigados a decidir se ficariam no antigo centro espírita ou se fariam parte da tenda, da nova religião. Durante os trabalhos, vários médiuns incorporaram caboclos, crianças ou pais-velhos.

E nascia assim o comprometimento de Zélio de Moraes com a aumbandhã ou, simplesmente Umbanda. Uma religião tipicamente brasileira, considerando-se o tipo psicológico com o qual se apresentam as entidades veneráveis que fizeram da Umbanda uma fonte de luz e sabedoria para as pessoas que se sintonizam com suas verdades.

Adaptado e extraído do livro Aruanda.
Psicografia de Robson Pinheiro pelo espírito Ângelo Inácio.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Quiumba



Depois de tomar consciência do seu desencarne, o espírito de baixa evolução não aceita ajuda do Alto que não permite que ele continue a conviver com os encarnados e continua a vivenciar seus vícios e a negativar seu mental.

Energeticamente, ele passa a cair de faixas vibratórias e assumir seu pólo negativo. Agregam-se a espíritos com o mesmo padrão energético formado falanges e assumindo um grau dentro da hierarquia das trevas.

Aprendem a manipular energias e as usam contra seus desafetos encarnados e contra os trabalhadores da Luz. Unem-se a encarnados praticantes de magia negra e muitas vezes se fazem passar por algum Exu, mas não passam de espíritos trevosos de pouca evolução.

Um Exu, trabalhador da seara umbandista, trabalha para a Lei nas trevas (e não pra lei das trevas), e nada faz sem a permissão do Alto.

Um Exu de Lei pode tanto assumir sua fisionomia humana como a de qualquer criatura, pois são trabalhadores que, amparados pelo Trono do Alto , trabalham nos domínios do Trono do Embaixo. Já um Quiumba, por não ter mais a sustentação energética do Trono do Alto que o ampara, pois está vibratoriamente muito baixo, passa a ser amparado pelo Pólo Negativo daquele trono. O Pólo positivo que moldou sua aparência humana não consegue mais enviar energias para dar sustentação a esta aparência então o ser passa a “perder” sua fisionomia e a assumir aparências monstruosas.

Os Quiumbas obsediam uma pessoa encarnada para vivenciar seus vícios, para se vingar ou para agradar algum encarnado que, através de magia negra, solicitou seus serviços.

Mesmo nas trevas, há uma Lei que os rege. Uma Demanda de morte contra algum encarnado não matará, mas ele poderá sofrer um grave acidente para que se apegue mais a Deus e dê mais valor a sua Vida. Mas se esta pessoa se revoltar, eles poderão incitá-lo ao suicídio, ao uso de drogas e etc., mas a escolha, mesmo que inconsciente, é do encarnado.

Quando o demandado é um médium com uma missão a cumprir, ele alguma hora irá procurar ajuda e iniciará sua missão espiritual (virá pela dor!). Muitas vezes os protetores desse médium tomam a sua frente para receber estas cargas negativas e não machucar demais seus protegidos.

Os Quiumbas se locomovem facilmente, sabem volitar, plasmar armas e manipular energias, que são pedidas aos seus amigos encarnados através de oferendas.

O encarnado obsediado por um quiumba sentirá todos seus sentimentos negativos desequilibrados como ódio, raiva, rancor, revolta, descontrole emocional. Egum escravo poderá ser escalado para permanecer ao lado daquele encarnado e lhe prejudicar a saúde física e mental, sugando sua energia vital.

Uma hora ou outra a Lei Maior interferirá nas ações deste quiumba, ele será capturado por um Exu de Lei e a ele passará a prestar contas, depois de um tempo será esclarecido e se for de sua vontade permanecerá na falange daquele Exu passando ele também a trabalhar para a Lei Maior nas Trevas.

A Umbanda trabalha incansavelmente combatendo estes espíritos trevosos e protegendo os encarnados, desmanchando magias negras e amarrações através de suas entidades que trabalham para a Lei Maior.

Por Marcia Conti

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O Surgimento da Religião de Umbanda - Umbanda Esotérica



Origem cósmica
Enganam-se aqueles que pensam que a Umbanda é uma religião africana. Na verdade, o conhecimento desse culto milenar foi levado à África por povos atlantes, durante as grandes migrações que tomaram lugar depois da terceira sub-raça originada na Atlântida (o continente desaparecido nos mares do Atlântico, cujos picos mais altos hoje remanescem no arquipélago de Cabo Verde, entre outras ilhas do noroeste da África).

Um dos povos que habitava o antigo continente era a negra, a etíope, que assim como outros povos, migraram para diversas partes do globo por conta dos grandes cataclismos que se aproximavam, desde o antigo Egito até as Américas. Naqueles tempos, alguns povos quando se mudavam, levavam consigo o nome de sua terra. Então os etíopes levaram para a África seu nome original, não sendo, todavia originários daquele continente.

Esta raça levou consigo o entendimento da magia e da luz divina, a Aumbandan, para a África. Mesclando-se com as tradições religiosas dos povos locais e com seus feiticeiros, deu origem aos cultos africanos como conhecemos hoje.

No Brasil, com a vinda dos escravos africanos, que não podiam exercer seus cultos tribais livremente por conta da pressão da igreja católica, surgiram outros cultos, como o candomblé, por exemplo, onde divindades africanas e até mesmo os Orixás, com a interpretação particular que faziam deles, se transformaram em figuras de santos cristãos, numa estratégia inteligente para driblar as dificuldades da época.

Por todo o planeta a saga dos atlantes em busca de novos lares, espalhou o conhecimento trazido pelos homens das estrelas; aqueles que, há milhões de anos, por amor ao homem da Terra, aportaram um dia com suas vimanas (naves espaciais) na Lemúria (o continente perdido cujas altas montanhas hoje formam a Austrália), transferindo-se posteriormente para a Atlântida, com as dinastias divinas, enquanto os grandes cataclismos que mudavam a face geológica do planeta iam se sucedendo.

Surgido originalmente como um movimento hermético e fechado nos Templos da Luz, nas academias iniciáticas, a original Aumbandan, que por sucessivas corruptelas veio a se chamar Umbanda, teve sua função maior revelada quando precisou se transformar num culto gerido por magos brancos para combater o então emergente movimento de magia negra que se espalhava.

Aparecem nessa época os egos chamados de Senhores da Face Tenebrosa, os magos negros, espíritos dominadores e egressos de planeta desaparecido, numa história ancestral e anterior às civilizações de nosso planeta. A Cidade das Portas de Ouro da Atlântida se torna o centro da magia negra.

Ao mesmo tempo, nos Templos da Luz, três tipos de entidades se manifestam na antiga AUMPRAM: os Encantados, ou Kama Rajás (não reencarnantes na Terra – entidades que vieram de outra cadeia de evolução e que se tornarão Adeptos, como a maioria dos que fazem sua evolução no planeta), os Nyrmanakayas (espíritos já libertos do carma ou em fase de libertação – os Jivamupticas) e os Iniciados (sem resíduo de carma). Apresentavam-se nos rituais, respectivamente, como instrutores, anciãos e puros, da mesma forma que hoje temos os caboclos, os pretos velhos e as crianças.

É traçado o primeiro Triângulo Fluídico no astral, sobre os céus da Atlântida e se inicia então a Aumbandan, que no idioma sagrado dos deuses (os homens vindos das estrelas), o devanagari, quer dizer: a luz divina ou a lei divina. Isso tudo se passa há mais de 700.000 anos.

Com o decorrer de milhares de anos, sua trajetória e seu entendimento ficaram velados através dos tempos e da história, assim como um dia também foi velada a palavra sagrada Umbanda.

Ressurgido no astral por ordem dos maiorais sidéreos, o Projeto Terras do Sul inicia, em terras americanas, o resgate do antigo culto, quando então, o Triângulo Fluídico é traçado sobre os céus do Brasil.

Centenas de entidades, de diferentes cadeias de evolução, que desde o princípio, trabalharam arduamente no desenvolvimento da raça humana no planeta, se engajam espontaneamente no projeto, alijando-se novamente de desfrutar dos paraísos cósmicos de seus planetas de origem, apenas por amor ao homem da Terra.

No final do século XIX a antiga Aumbandan renasce finalmente em solo brasileiro e por sucessivas corruptelas leva o nome de UMBANDA – a Luz Divina.

A origem do vocábulo Umbanda
A palavra Umbanda é um vocábulo sagrado da língua Abanheenga, que era falada pelos integrantes do tronco Tupy. Diferentemente do que alguns acreditam, este termo não foi trazido da África pelos escravos. Na verdade, encontram-se registros de sua utilização apenas depois de 1934, entre os cultos de origem afro-ameríndia. Antes disto, somente alguns radicais eram reconhecidos na Ásia e África, porém sem a conotação de um Sistema de Conhecimento baseado na apreensão sintética da Filosofia, da Ciência, da Arte e da Religião.

O termo Umbanda, considerado a “Palavra Perdida” de Agartha, foi revelado por Espíritos integrantes da Confraria dos Espíritos Ancestrais. Estes espíritos são Seres que há muito não encarnam por terem atingido um alto grau de evolução, mas dignam-se em baixar nos templos de Umbanda para trazer a Luz do Conhecimento, em nome de Oxalá – O Cristo Jesus. Utilizam-se da mediunidade de encarnados previamente comprometidos em servir de veículos para sua manifestação.

Os radicais que compõem o mote UMBANDA são, respectivamente: AUM – BAN – DAN. Sua tradução pode ser comprovada através do alfabeto Adâmico ou Vattânico revelado ao Ocidente pelo Marquês Alexandre Saint-Yves d’Alveydre, na sua obra “O ARQUEÔMETRO”.

  •     AUM significa “A DIVINDADE SUPREMA“;
  •     BAN significa “CONJUNTO OU SISTEMA“;
  •     DAN significa “REGRA OU LEI“.

A UNIÃO destes princípios radicais, ou AUMBANDAN, significa “O CONJUNTO DAS LEIS DIVINAS“.

A instauração do Movimento Umbandista
 Escrever sobre Umbanda sem citarmos Zélio Fernandino de Moraes é praticamente impossível. Ele, assim como Allan Kardec, foram os intermediários escolhidos pelos espíritos para divulgar a religião aos homens.

Zélio Fernandino de Moraes nasceu no dia 10 de abril de 1891, no distrito de Neves, município de São Gonçalo – Rio de Janeiro. Aos dezessete anos quando estava se preparando para servir as Forças Armadas através da Marinha aconteceu um fato curioso: começou a falar em tom manso e com um sotaque diferente da sua região, parecendo um senhor com bastante idade. À princípio, a família achou que houvesse algum distúrbio mental e o encaminhou ao seu tio, Dr. Epaminondas de Moraes, médico psiquiatra e diretor do Hospício da Vargem Grande. Após alguns dias de observação e não encontrando os seus sintomas em nenhuma literatura médica sugeriu à família que o encaminhassem a um padre para que fosse feito um ritual de exorcismo, pois desconfiava que seu sobrinho estivesse possuído pelo demônio. Procuraram, então também um padre da família que após fazer ritual de exorcismo não conseguiu nenhum resultado.

Tempos depois Zélio foi acometido por uma estranha paralisia, para o qual os médicos não conseguiram encontrar a cura. Passado algum tempo, num ato surpreendente Zélio ergueu-se do seu leito e declarou: “Amanhã estarei curado”.

No dia seguinte começou a andar como se nada tivesse acontecido. Nenhum médico soube explicar como se deu a sua recuperação. Sua mãe, D. Leonor de Moraes, levou Zélio a uma curandeira chamada D. Cândida, figura conhecida na região onde morava e que incorporava o espírito de um preto velho chamado Tio Antônio. Tio Antônio recebeu o rapaz e fazendo as suas rezas lhe disse que possuía o fenômeno da mediunidade e deveria trabalhar com a caridade.

O Pai de Zélio de Moraes Sr. Joaquim Fernandino Costa, apesar de não freqüentar nenhum centro espírita, já era um adepto do espiritismo, praticante do hábito da leitura de literatura espírita. No dia 15 de novembro de 1908, por sugestão de um amigo de seu pai, Zélio foi levado a Federação Espírita de Niterói. Chegando na Federação e convidados por José de Souza, dirigente daquela Instituição e sentaram-se a mesa. Logo em seguida, contrariando as normas do culto realizado, Zélio levantou-se e disse que ali faltava uma flor. Foi até o jardim apanhou uma rosa branca e colocou-a no centro da mesa onde se realizava o trabalho. Tendo-se iniciado uma estranha confusão no local ele incorporou um espírito e simultaneamente diversos médiuns presentes apresentaram incorporações de caboclos e pretos velhos. Advertidos pelo dirigente do trabalho a entidade incorporada no rapaz perguntou:

“- Porque repelem a presença dos citados espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens. Seria por causa de suas origens sociais e da cor?”

Após um vidente ver a luz que o espírito irradiava perguntou:

“- Porque o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram quando encarnados, são claramente atrasados? Por que fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome meu irmão?”

Ele responde:

“- Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim.”

O vidente ainda pergunta:

“- Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto?”

Novamente ele responde:

“-Colocarei uma condessa em cada colina que atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei.”

Depois de algum tempo todos ficaram sabendo que o jesuíta que o médium verificou pelos resquícios de sua veste no espírito, em sua última encarnação foi o Padre Gabriel Malagrida.

No dia 16 de novembro de 1908, na rua Floriano Peixoto, 30 – Neves – São Gonçalo – RJ, aproximando-se das 20:00 horas, estavam presentes os membros da Federação Espírita, parentes, amigos e vizinhos e do lado de fora uma multidão de desconhecidos. Pontualmente as 20:00 horas o Caboclo das Sete Encruzilhadas desceu e usando as seguintes palavras iniciou o culto:

“-Aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A pratica da caridade no sentido do amor fraterno, será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo”.

Após estabelecer as normas que seriam utilizadas no culto e com sessões diárias das 20:00 às 22:00 horas, determinou que os participantes deveriam estar vestidos de branco e o atendimento a todos seria gratuito. Disse também que estava nascendo uma nova religião e que chamaria Umbanda.

O grupo que acabara de ser fundado recebeu o nome de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse as seguintes palavras:

“- Assim como Maria acolhe em seus braços o filho, a tenda acolherá aos que a ela recorrerem nas horas de aflição, todas as entidades serão ouvidas, e nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois esta é a vontade do Pai.”

Ainda respondeu perguntas de sacerdotes que ali se encontravam em latim e alemão.

O caboclo foi atender um paralítico, fazendo este ficar curado. Passou a atender outras pessoas que havia neste local, praticando suas curas.

Nesse mesmo dia incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido como loucura de seu aparelho e com palavras de muita sabedoria e humildade e com timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os presentes à mesa dizendo as seguintes palavras:

“- Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá”,

Após insistência dos presentes fala:

“- Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nêgo”.

Assim, continuou dizendo outras palavras representando a sua humildade. Uma pessoa na reunião pergunta se ele sentia falta de alguma coisa que tinha deixado na terra e ele responde:

“- Minha caximba.,nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque buscá”.

Tal afirmativa deixou os presentes perplexos, os quais estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento de trabalho para esta religião. Foi Pai Antonio também a primeira entidade a solicitar uma guia, até hoje usadas pelos membros da Tenda e carinhosamente chamada de “Guia de Pai Antonio”.

No outro dia formou-se verdadeira romaria em frente a casa da família Moraes. Cegos, paralíticos e médiuns que eram dado como loucos foram curados.

A partir destes fatos fundou-se a Corrente Astral de Umbanda.

Após algum tempo manifestou-se um espírito com o nome de Orixá Malé, este responsável por desmanchar trabalhos de baixa magia, espírito que, quando em demanda era agitado e sábio destruindo as energias maléficas dos que lhe procuravam.

Dez anos depois, em 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas recebendo ordens do astral fundou sete tendas para a propagação da Umbanda, sendo elas as seguintes:

  •     Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia;
  •     Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição;
  •     Tenda Espírita Santa Bárbara;
  •     Tenda Espírita São Pedro;
  •     Tenda Espírita Oxalá;
  •     Tenda Espírita São Jorge;
  •     Tenda Espírita São Jerônimo.

As sete linhas que foram ditadas para a formação da Umbanda são: Oxalá, Iemanjá, Ogum, Iansã, Xangô, Oxossi e Exu.

Enquanto Zélio estava encarnado, foram fundadas mais de 10.000 tendas a partir das acima mencionadas.

Zélio nunca usou como profissão a mediunidade, sempre trabalhou para sustentar sua família e muitas vezes manter os templos que o Caboclo fundou, além das pessoas que se hospedavam em sua casa para os tratamentos espirituais, que segundo o que dizem parecia um albergue. Nunca aceitara ajuda monetária de ninguém era ordem do seu guia chefe, apesar de inúmeras vezes isto ser oferecido a ele.

O ritual sempre foi simples. Nunca foi permitido sacrifícios de animais. Não utilizavam atabaques ou qualquer outros objetos e adereços. Os atabaques começaram a ser usados com o passar do tempo por algumas das Tendas fundadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, mas a Tenda Nossa Senhora da Piedade não utiliza em seu ritual até hoje.

As guias usadas eram apenas as determinadas pelas entidades que se manifestavam.

A preparação dos médiuns era feita através de banhos de ervas e do ritual do amaci, isto é, a lavagem de cabeça onde os filhos de Umbanda afinizam a ligação com a vibração dos seus guias.

Após 55 anos de atividade, entregou a direção dos trabalhos da Tenda Nossa Senhora da Piedade a suas filhas Zélia e Zilméia, as quais até hoje os dirigem.

Mais tarde junto com sua esposa Maria Isabel de Moraes, médium ativa da Tenda e aparelho do Caboclo Roxo fundaram a Cabana de Pai Antonio no distrito de Boca do Mato, município de Cachoeira do Macacu – RJ.

Mais tarde, junto com sua esposa Maria Isabel de Moraes, médium ativa da Tenda e aparelho do Caboclo Roxo, Zélio fundou a Cabana de Pai Antônio, no distrito de Boca do Mato, município de Cachoeira de Macacu, no Rio de Janeiro. Eles dirigiram os trabalhos enquanto a saúde de Zélio permitiu, tendo ele falecido aos 84 anos, em 3 de outubro de 1975.

Zélio Fernandino de Moraes dedicou 66 anos de sua vida à Umbanda, tendo retornado ao plano espiritual, com a certeza da missão cumprida. Seu trabalho e as diretrizes traçadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas continuaram sendo desenvolvidos por suas filhas Zélia e Zilméa, que carregam em seus corações um grande amor pela Umbanda, árvore frondosa que está sempre a dar frutos a quem souber e merecer colhe-los.

Salve a Umbanda!
 
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A UMBANDA E O EVANGELHO DE JESUS

A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos guias e protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

A Umbanda convida o homem a se transformar. Assim sendo, o consulente recebe esclarecimento sobre sua real condição de espírito imortal, ou seja, é levado a entender que é o único responsável pelas próprias escolhas, e que deve procurar progredir na escala evolutiva da vida, superando a si mesmo. Mas para transformar- se é preciso estar pronto para compreender as energias que serão manipuladas, porque elas trabalham com o ritmo interno. Ouvir a intuição é, portanto, ouvir a si próprio; é saber utilizar os recursos necessários que estão disponíveis para efetuar a mudança do estado de consciência.

Por isso, transformar significa reverter o apego em desapego, as faltas em fartura, a ingratidão e o ressentimento em perdão.. É não revidar o mal, mas sempre praticar o bem.

Dar sem esperar reconhecimento ou gratidão. A beleza da vida está justamente na “individualidade” , no ser único, criado por Deus para amar. E este ser único está ligado à coletividade pelos laços do coração e da evolução, a fim de aprender a compartilhar, respeitar, educar e ser feliz.

Somos o somatório dos nossos atos de ontem: por ter cometido inúmeros excessos, estamos conhecendo a escassez, ou melhor, sempre atuamos à margem, não conseguindo nos equilibrar no caminho reto, pois o processo de evolução é lento, não dá saltos, respeita o livre arbítrio, o grau de consciência e o merecimento de cada um.

A Umbanda pratica o Jesus consolador, e, silenciosamente, vai evangelizando pelo Brasil afora, levando Suas máximas: “A água mais límpida é a que corre no centro do rio, pois as margens sempre contêm impurezas”. “Não vos inquieteis pelo dia de amanhã, porque o amanhã cuidará de si mesmo”, pois Ele nos envia o Seu amor incondicional, que não impõe condições, porque não julga, não cobra, apenas Se doa e espera pelo nosso despertar para as verdades espirituais, para o homem de bem que existe dentro de cada um de nós.

Quando Jesus se aproximou de João Batista, que, com os joelhos encobertos pela água do Rio Jordão, mais uma vez falava do Messias, ao olharem-se um ao outro, uma força poderosa instalou-se sobre todos os circunstantes. Jesus então aproximou-Se de João Batista, e este ajoelhou-se aos pés do cordeiro de Cristo. Mansamente Ele o levantou e agachou-Se sinalizando para que João O batizasse. Nesse instante único, vibraram intensamente sobre Jesus, no centro do seu chacra coronário, o Cristo Cósmico e todos os Orixás. Foi preciso que o Messias fosse “iniciado” por um mestre do amor na Terra, para que se completasse Sua união com o Pai, e ambos fossem um. Esse é um dos quadros históricos mais expressivos e simbólicos que avalizam os amacis na Umbanda.

Texto extraído do livro “Umbanda Pé no Chão – Um guia de estudos orientados pelo espírito Ramatís ( Editora Conhecimento) - recebido por e-mail enviado em 18/03/2009 por Mãe Vanessa Cabral - Dirigente do Templo Universalista Pena Branca (Filiada da T.U.Caboclo Pery)